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História

   A povoação original era conhecida pelo nome de Cova dos Defuntos por causa da epidemia de cólera, no final do século XIX, que vitimou centenas de pessoas na região. Uma grande cova foi aberta para enterrar os cadáveres. Um missionário que passou anos mais tarde por ali afirmou que, ao contrário do que se pensava fora de lá, o lugar era uma maravilha pelo povo, pelo clima e pela beleza do sítio. A observação do religioso envaideceu seus habitantes, que decidiram substituir o nome lúgubre por Maravilha.

 

    Uma fazenda para exploração da pecuária foi instalada por Domingos Gomes na sua sesmaria, em meados do século XVIII. Essa sesmaria abrangia terras que se estendiam da atual cidade de Dois Riachos até cinco léguas além do local hoje ocupado pela sede municipal de Maravilha. Tempos depois, alguns membros da família Limeira instalaram-se na região, contribuindo para o seu povoamento e desenvolvimento. Em seguida, chegaram Manoel Damião de Carvalho, sua mãe e seu irmão mais novo, Cosme. Filho de lusitanos que habitavam o Maranhão, Manoel Damião foi um dos grandes incentivadores do progresso do lugar.

 

   Sob a liderança de Apolônio Vieira de Carvalho, o povoado atravessou uma fase áurea. Um intenso comércio de peles, a realização de movimentada feira e um descaroçador de algodão incrementaram sua economia de forma decisiva. Nessa fase, foi criado inclusive um teatro, dirigido pela professora Eleonora Vieira de Carvalho, que incentivou enormemente as áreas da educação e da cultura. Foram encenadas inúmeras peças com grande sucesso, para o qual contribuiu também Atanagildo Brandão.

 

   Em vista do seu crescimento, Maravilha foi elevada à condição de município autônomo pela Lei nº 2.102, de 17 de julho de 1958. Desmembrado de Santana do Ipanema, foi instalado oficialmente em 2 de janeiro de 1959. O primeiro prefeito, nomeado para o período de 1959-1960, foi Fernando Rodrigues de Alcântara. O primeiro prefeito eleito pelo povo foi Elesbão Barbosa de Carvalho, que governou de 1960 a 1965. Na luta pela emancipação, destacaram-se as atuações de Apolônio Vieira de Carvalho, José Vieira de Carvalho, Manoel Alcântara, Fernando Alcântara, Alípio Vieira de Carvalho e Elesbão Barbosa de Carvalho.

 

   Sob o aspecto religioso, a primeira capela foi construída, juntamente com um cruzeiro, por Francisco Primo. A atual Igreja-matriz Senhora Santana foi edificada em 1930, substituindo a pequena capela original. A Paróquia da Sagrada Família foi criada em 21 de fevereiro de 1991 e tem hoje como pároco o padre Clodoaldo Neto. A freguesia pertence à jurisdição eclesiástica da Diocese de Palmeira dos Índios.

 

 

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